segunda-feira, 31 de outubro de 2016

E se a gente tentasse ser menos cuzão?

Mas tem que tentar mesmo, sabe?
Tem que deixar de ser cuzão com todo mundo, com o padeiro, com o motorista do ônibus, com a tia do café, com o cara que está na rua entregando papel de dentista, com a mãe, com o moleque zica que você zoa (mesmo que mentalmente... "ah lá, lá vem os funkeiro ou ihh, mó cara de funkeira" enquanto paga de "sem preconceitos".
Com a menina que curte funk (ou qualquer gênero que não seja indie/hype/cool) e você dá uma olhadinha torta, "Aiin Funk? Eu curto música eletrônica".
Com o coleguinha que escreve ou fala errado e você acha que é o Pasquale que sabe tudo e vai lá corrigir. (Pra quê fazer isso?).
Com a tia que assiste novela das nove e tem que ouvir seu discurso de "novela é coisa de alienado"... mal sabe a tia que o cuzão passa o dia vendo seriado, mas é só a novela que aliena. (Friends é a melhor série do muuuundo, meu).
Com aquele brother que você deu uma resposta atravessada sem motivo, sabe aquele dia que você acorda de ovo virado e "sem querer" acaba sendo cuzão ? Pois é...
Quando a gente não consegue ter empatia pelo próximo também tá sendo cuzão e dos grandes... empatia é uma característica que costuma faltar nos maiores cuzões do mundo.
E se a gente tentasse?







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